No contacto com os pombos e operações de limpeza associadas, é recomendável usar máscara com boa protecção contra pós, para proteger os pulmões de possíveis agentes causadores de doenças ligadas à prática columbófila. Também será bom não fumar.
FIBROSE PULMONAR
PNEUMONITE
ARTIGO
In VII Encontro Nacional das Ciências e Tecnologias da Saúde, Auditório da ESTeSL (Lisboa), 12-14 de novembro de 2015.
24. Conhecimento sobre a doença do criador de pombos entre sócios da Sociedade Columbófila de Sacavém André Henriques, João Camacho, Hermínia Brites Dias, David Tavares.
Disponível em http://hdl.handle.net/10400.21/5492
Introdução: A Doença do Criador de Pombos (DCP) é uma pneumonia de hipersensibilidade que se desenvolve pela exposição a antigénios orgânicos existentes nas penas e principalmente nos excrementos de pombos. Em Portugal existem cerca de 784 sociedades columbófilas. Contudo, encontraram-se poucos estudos sobre esta temática na população portuguesa e não se encontraram quaisquer referências sobre o nível de conhecimento acerca do risco potencial que a columbofilia comporta.
Objetivo: Realizou-se um estudo exploratório com o objetivo de analisar o conhecimento de um grupo de criadores de pombos sobre a DCP e sobre a forma de a prevenir.
Método: Participaram no estudo 16 criadores de pombos, sócios da Sociedade Columbófila de Sacavém (SCS). A recolha de dados, realizada na SCS, consistiu na aplicação de um formulário de inquérito sobre a DCP. O grau de conhecimento dos criadores de pombos foi classificado de acordo com as respostas às questões sobre definição, sintomas e medidas de prevenção da DCP. Assim, definiu-se: i) conhecimento completo (respostas corretas às três questões) e ii) conhecimento parcial (uma ou mais respostas incorretas). Para o tratamento dos dados utilizaram-se técnicas de estatística descritiva, nomeadamente medidas de tendência central e análise de frequências.
Resultados e discussão: Relativamente ao conhecimento da DCP, dos 16 participantes, 10 desconheciam a sua existência e apenas seis responderam que já tinham ouvido falar sobre a doença. Destes, apenas dois possuíam um conhecimento completo sobre a DCP, tendo os restantes quatro indivíduos apresentado um conhecimento parcial. A generalidade dos participantes (14/16) não tinha qualquer informação ou tinha apenas um conhecimento (muito) parcial. Embora a amostra não seja representativa, este dado não deixa de ser preocupante. Face à expressão da columbofilia em Portugal, era expectável uma maior preocupação relativamente a esta problemática.
Conclusão: Em Portugal, esta temática deverá ser objeto de estudos que caracterizem esta população específica, a sua expressão ao nível das alterações ventilatórias e que atualizem a prevalência da DCP em Portugal.